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Newsletter do GIRO LATINO chega à 200ª edição

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Um pouco de (guerra às) drogas, um pouco de salada (de notícias): o resumo semanal do GIRO LATINO traz tudo o que você precisa saber sobre o noticiário caótico da região

23 de set. de 235 min de leitura
23 de set. de 235 min de leitura

“E se a gente consolidar isso aí em uma newsletter?”. Há quase quatro anos, foi mais ou menos assim que a coisa começou. Antes de virar o GIRO como você conhece hoje, nosso boletim semanal era um sonho distante do nosso fundador Lucas Berti, que compartilhava as notícias da América Latina em fios no agora quase finado Twitter (ou X, se preferir). Com a bendición divina do Maurício Brum, nasceu a newsletter para ampliar e consolidar esse trabalho; com o reforço do Juan Ortiz, avançamos na produção multimídia e de conteúdos especiais para nosso novo site; e, com a passagem da Karla Burgoa, mergulhamos ainda mais na cultura e nos costumes da região. Nossa equipe é pequena, pero no mucho: nesses poucos anos, milhares de corações latinos se uniram à nossa causa como assinantes da newsletter, seguidores das nossas redes sociais ou apoiadores diretos do nosso trabalho.

E a Pachamama ouviu: coincidência ou não, o GIRO veio ao mundo durante um dos ciclos mais insanos do continente em anos recentes: só naquela reta final de 2019, a Bolívia sofreu um golpe de Estado, Chile e Equador entraram em suas maiores convulsões sociais no milênio e o Peru dissolveu o Congresso pela primeira vez desde 1992. 

Até agora, o noticiário não nos deu trégua. Não importa mais se é segunda-feira, quarta-feira, feriado ou manhã de domingo na América Latina: tem sempre alguma crise à espreita. Só neste ano, explicamos a “morte cruzada” que dissolveu o Congresso no Equador, a morte literal que tirou um dos presidenciáveis equatorianos da disputa, e até conversamos com um dos candidatos dessas eleições. Na Colômbia, o filho do presidente foi preso em meio a um dos escândalos mais bizarros da história recente do país, também explicado em detalhes neste espaço. E nada está tão mal que não possa ficar guatepeor – já que, mesmo com uma vitória surpreendente da esquerda na Guatemala, há planos para matar o presidente eleito ou melar a posse.

Mas, neste continente de pobres corazones, há também espaço para outro tipo de histórias: compartilhamos nossa experiência no show de Fito Páez, lenda do rock argentino, e conversamos com a banda peruana Los Mirlos, precursores da cumbia psicodélica amazônica.

Nossas parcerias com outros sites também renderam matérias e entrevistas que aprofundaram alguns dos assuntos tratados na newsletter: falamos com um historiador sobre as contradições da “nova onda rosa” latino-americana, trouxemos a voz de uma ex-líder sandinista nicaraguense agora perseguida pelo governo; e explicamos como Equador e Bolívia têm partidos políticos indígenas tão fortes.

E, para quem gosta de números, vão aí algumas curiosidades dessas primeiras 200 edições. Até hoje, o país que mais vezes foi o foco de nossas manchetes foi… o Equador, que também havia sido o destaque da primeira edição de todas, lá em 12 de outubro de 2019. Ao todo, foram 18 vezes com os equatorianos ganhando o maior espaço da newsletter. Logo em seguida, o Peru, com todas as suas crises, ganhou os principais holofotes em 16 vezes, seguido por Chile, Colômbia e Haiti, com 14 cada. Em último lugar, está o Panamá, foco do texto de abertura apenas uma vez, na edição #140 — mas cujas crises internas não escapam do nosso radar. É claro: muitas vezes, as questões abordadas pelo GIRO afetam muito mais que uma nação só – e, por isso, a maioria das manchetes (39) foi dedicada a temas regionais.

Confira o mapa completo aqui.
Confira o mapa completo aqui

Ao todo, publicamos ainda 295 verbetes entre nombres, palabras e expresiones, incluindo os dois que você encontrará nesta edição. E, para surpresa de ninguém, citamos mais vezes aqueles presidentes que já estavam no poder (ou o assumiram) a partir de 2019, primeiro ano da newsletter: o top-5 é composto pelo salvadorenho Nayib Bukele (citado nominalmente em 166 edições, incluindo esta), pelo venezuelano Nicolás Maduro (160), pelo nicaraguense Daniel Ortega (156), pelo mexicano Andrés Manuel López Obrador (148) e pelo argentino Alberto Fernández (136). No extremo oposto, o dominicano Danilo Medina, que deixou o cargo antes que o GIRO completasse seu primeiro ano – e antes do agravamento das crises do vizinho Haiti, que colocaram Hispaniola no foco. Ele foi o presidente menos citado entre os que governaram no período em que somos publicados, aparecendo em apenas quatro edições antes desta.

A produção desse calhamaço de informação publicado pelo GIRO faz parte da nossa rotina de trabalho há quatro anos — e fazemos por pura devoção à América Latina. Mas só amor não paga as contas: precisamos de sua contribuição financeira para que este projeto siga existindo e a gente se dedique a ele em tempo integral. Confira nossas opções de apoio recorrente ou colabore via PIX.

CAPA: Passagem da Estação Espacial Internacional pela costa do Chile. Foto: Nasa via Flickr

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