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Presidenciável é morto a tiros em ato de campanha no Equador

Fernando Villavicencio foi baleado na saída de comício em Quito; um suspeito foi morto e outros seis estão detidos

EXTRA | GIRO LATINO
#EQUADOR10 de ago. de 233 min de leitura
Ex-deputado equatoriano Fernando Villavicencio em sessão no dia 10 de novembro de 2022. Foto: Cristian Cagua / Assembleia Legislativa do Equador
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Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador pelo movimento Construye, foi morto a tiros na saída de um evento de campanha em Quito nesta quarta-feira (9). Segundo o portal Primicias, o ataque ocorreu por volta das 18h (hora local). A morte foi confirmada pelo ministro de Interior, Juan Zapata.

O Ministério Público equatoriano confirmou que um suspeito do atentado morreu após a troca de tiros com as forças de segurança. Além disso, o órgão informou que outras nove pessoas ficaram feridas, incluindo policiais e uma candidata ao Congresso. Até agora, seis pessoas foram presas em Quito por suposto envolvimento no crime. Em uma das detenções, foram encontradas armas e granadas.

No dia 1 de agosto, um dos coordenadores da equipe segurança do candidato denunciou ter recebido ameaças de morte: “Já sei que você é da segurança, de hoje você não passa… estou de vigiando”. A mensagem teria sido enviada via WhatsApp a partir de um número registrado na Indonésia, por um chefe da facção Los Choneros.

Conforme Ricardo Figueroa, assessor de campanha de Villavicencio, os responsáveis pela morte do presidenciável “são os mesmos grupos narcos que assassinaram o prefeito de Manta, Agustín Intriago, por ter apoiado Fernando Villavicencio”. Ainda segundo Figueroa, a morte de Intriago seria uma espécie de aviso para a candidatura presidencial. “O governo deveria ter protegido nosso candidato, que corria mais risco do que qualquer outra pessoa no país”.

Jornalista de profissão, Fernando Villavicencio foi um dos fundadores do movimento Pachakutik e reconhecido opositor de Rafael Correa. Ocupou o cargo de deputado até a dissolução do Congresso em maio. Nas eleições deste ano, lançou candidatura ao lado da ambientalista Andrea González.

Em entrevista ao jornal El Universo, Villavicencio criticava as “máfias políticas” que, segundo ele, são financiadas pelo narcotráfico. “Vou assumir o controle de todas as empresas públicas. Vou me encarregar pessoalmente de erradicar as máfias do petróleo”.

Faltando menos de duas semanas para as eleições equatorianas, Fernando Villavicencio aparecia em quarto lugar nas principais pesquisas de opinião.

Outros presidenciáveis, como Luisa González, Yaku Pérez e Jan Topic, manifestaram preocupação diante do ocorrido e prestaram condolências a amigos e familiares. Pérez anunciou a suspensão dos atos de campanha.

O presidente Guillermo Lasso decretou estado de exceção, mas as eleições seguem previstas para 20/8.

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