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México: domínio do PRI pode ruir em eleições estaduais
Votação no Estado do México e em Coahuila colocam em jogo sobrevivência de partido hegemônico da política mexicana
GIRO LATINOSão apenas eleições estaduais e só em dois dos 30 estados que compõem o país, mas analistas apontam que os resultados iminentes do pleito deste domingo (4) têm tudo para ser históricos. Isso porque uma das unidades federativas em jogo é o Estado do México (ou “Edomex”, área que circunda a capital Cidade do México, sem incluí-la), o mais populoso do país e única subdivisão ‘relevante’ que ainda permanece sob controle do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que dominou inteiramente a política do país no século passado.
Em suas diferentes encarnações, o PRI vem governando o Edomex continuamente desde que sua sigla precursora surgiu, em 1929, mas todas as pesquisas agora indicam uma derrota da priista Alejandra del Moral contra Delfina Gómez, nome à frente da coalizão encabeçada pelo Morena, partido do presidente Andrés Manuel López Obrador – que vem conquistando rapidamente espaços na política nacional e começa a sonhar com sua própria hegemonia.
Para analistas, o que acontece no Estado do México é uma mostra em miniatura da tendência política do país como um todo, e a confirmação das pesquisas neste final de semana não apenas reforça a tendência de uma manutenção do Morena no poder federal nas eleições presidenciais de 2024, mas também seria uma espécie de atestado da “morte” do PRI em nível nacional – mesmo que o partido ainda seja considerado favorito para manter o governo em Coahuila, o outro estado em jogo no domingo, mas sem a mesma relevância na política mexicana.