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Incêndio mata 39 migrantes no México e agentes são presos
Após o incêndio, guardas do centro de detenção do Instituto Nacional de Migração foram detidos por omissão no caso
Giro LatinoTragédia enorme – que já virou investigação criminal – em Ciudad Juárez, estado de Chihuahua, onde um incêndio nas instalações do Instituto Nacional de Migração (INM) deixou 39 migrantes latino-americanos mortos na noite de segunda (27). De acordo com autoridades, as chamas consumiram um dos prédios do centro de detenção após um grupo de migrantes atear fogo a um colchão, em protesto a uma possível deportação.
Mais tarde, porém, vieram à tona vídeos mostrando que os guardas do local teriam simplesmente deixado o recinto sem fazer qualquer tentativa de salvar os migrantes detidos enquanto a fumaça começava a tomar conta das instalações.
Na quinta (30), autoridades mexicanas confirmaram a prisão de cinco pessoas acusadas de ter alguma responsabilidade ou omissão no caso, com uma sexta ainda foragida – as ordens de captura foram emitidas contra três funcionários do INM, dois seguranças particulares que trabalhavam no prédio e o acusado de iniciar o fogo.
Em nota, o INM disse que um total de 68 pessoas, todas maiores de idade, eram abrigadas pelo centro no momento do acidente; uma força-tarefa com autoridades consulares foi anunciada para que as vítimas sejam identificadas.
O presidente Andrés Manuel López Obrador definiu o caso como uma “desgraça terrível” e visitou o local – que será permanentemente fechado – na sexta (31). Com a alta nos números migratórios depois da pandemia, México e os EUA têm intensificado medidas na fronteira, o que, por outro lado, não resolve o sempre presente drama humanitário na região.