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Incêndio mata 39 migrantes no México e agentes são presos

Após o incêndio, guardas do centro de detenção do Instituto Nacional de Migração foram detidos por omissão no caso

Giro Latino
#México5 de abr. de 232 min de leitura
Migrantes dormem na parte de fora do centro de detenção em Ciudad Juárez, no México, onde 39 migrantes morreram em incêndio no fim de março. Foto: Guillermo Arias / AFP
Giro Latino 5 de abr. de 232 min de leitura

Tragédia enorme – que já virou investigação criminal – em Ciudad Juárez, estado de Chihuahua, onde um incêndio nas instalações do Instituto Nacional de Migração (INM) deixou 39 migrantes latino-americanos mortos na noite de segunda (27). De acordo com autoridades, as chamas consumiram um dos prédios do centro de detenção após um grupo de migrantes atear fogo a um colchão, em protesto a uma possível deportação.

Mais tarde, porém, vieram à tona vídeos mostrando que os guardas do local teriam simplesmente deixado o recinto sem fazer qualquer tentativa de salvar os migrantes detidos enquanto a fumaça começava a tomar conta das instalações.

Na quinta (30), autoridades mexicanas confirmaram a prisão de cinco pessoas acusadas de ter alguma responsabilidade ou omissão no caso, com uma sexta ainda foragida – as ordens de captura foram emitidas contra três funcionários do INM, dois seguranças particulares que trabalhavam no prédio e o acusado de iniciar o fogo.

Em nota, o INM disse que um total de 68 pessoas, todas maiores de idade, eram abrigadas pelo centro no momento do acidente; uma força-tarefa com autoridades consulares foi anunciada para que as vítimas sejam identificadas.

O presidente Andrés Manuel López Obrador definiu o caso como uma “desgraça terrível” e visitou o local – que será permanentemente fechado – na sexta (31). Com a alta nos números migratórios depois da pandemia, México e os EUA têm intensificado medidas na fronteira, o que, por outro lado, não resolve o sempre presente drama humanitário na região.

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