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Furacão Otis devasta Acapulco e deixa ao menos 39 mortos no México

Tempestade tropical é a mais devastadora na costa oeste do país desde 1997; a passagem do furacão destruiu a cidade turística de Acapulco

GIRO LATINO
#MÉXICO29 de out. de 232 min de leitura
Rota do furacão Otis, na costa do Pacífico mexicano. Foto: Governo do México
GIRO LATINO29 de out. de 232 min de leitura

Na costa oeste mexicana, pelo menos 39 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas desde quarta-feira (25), quando ventos de até 270 km/h carregados pelo Oceano Pacífico atingiram a região, devastando diversas cidades, especialmente a turística Acapulco. Mais de 220 mil residências sofreram estragos e mais de 500 mil moradores tiveram cortes de energia elétrica.

Nas redes sociais, moradores divulgam imagens dos estragos e alegam que o número de vítimas poderia ser ainda maior, criticando a falta de atenção do poder público. O furacão Otis também destruiu casas, soterrou lojas e até arrancou paredes de grandes edifícios à beira-mar. O caos seguiu mesmo após a trégua dos ventos: com agentes de segurança concentrados nas buscas, a cidade viveu madrugadas de terror com relatos de saqueios e violência.

Inicialmente uma tempestade tropical de menor preocupação, o evento foi rapidamente classificado como furacão de categoria cinco, a mais alta da escala usada mundialmente, surpreendendo meteorologistas pela velocidade com que a situação se agravou. Além de praticamente paralisar o funcionamento na cidade, a catástrofe cortou a comunicação da população por pelo menos três dias – até a torre de controle do aeroporto de Acapulco ficou detonada e só teve atividades restabelecidas na quinta-feira, quando autoridades retomaram uma ponte aérea entre a cidade e a capital para transportar os turistas.

A gravidade colocou a costa em alerta máximo, forçou centenas de pessoas a buscarem abrigos públicos e levou o governo a designar milhares de soldados para ajudar nas buscas e limpeza das vias. O último furacão dessa magnitude na costa oeste mexicana ocorreu em 1997, deixando mais de 100 pessoas mortas. Em função das mudanças climáticas, especialistas alertam que muitos desses furacões podem se tornar difíceis de detectar antes que seja tarde demais. 

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