#COSTA RICA
Cúpula de segurança da Costa Rica cai durante crise de violência
Governo de Rodrigo Chaves completa um ano com homicídios em alta e troca na chefia do Ministério da Segurança Pública
Giro LatinoO presidente costa-riquenho Rodrigo Chaves trocou todo o alto escalão da Segurança Pública na última quarta-feira (10), dois dias após completar um ano de mandato. Mario Zamora foi empossado como novo ministro no lugar de Jorge Torres. Também foram demitidos outros três vice-ministros: Daniel Calderón, Martín Arias e Flora Bogantes.
A decisão foi confirmada em um contexto de violência em alta: depois de ver o número de homicídios atingir um recorde em 2022 – com 656 casos registrados – o pequeno país segue em alerta por números ainda piores no que vai deste ano. De janeiro a abril, 311 pessoas foram assassinadas, 40% a mais em comparação ao mesmo período do ano passado. Se mantida a atual média diária de mortes, os ticos podem estar diante de um índice acima da casa dos 900 homicídios no final do ano, quebrando um triste recorde mais uma vez.
No mês passado, governo costa-riquenho anunciou reforços no policiamento: foram abertas cerca de 700 novas vagas para oficiais e houve a reformulação nas funções dos 12 mil policiais na ativa, para que pelo menos 9,5 mil estejam nas ruas.
Ainda que em proporções menores, o drama costa-riquenho se assemelha à piora na violência urbana também vista em países como Equador, Chile e Uruguai: geralmente, pelo avanço do narcotráfico e de grupos armados. Autoridades dizem que o domínio de cartéis, sobretudo por disputas de território, responde por 80% dos homicídios na Costa Rica. Além de empossar um novo ministro de Segurança, Chaves recentemente apresentou cinco propostas de reforma ao Congresso, de olho em endurecer o Código Penal.